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Prefeitura e SAAE definem estratégias junto com médico sanitarista para combate ao escorpião


O especialista em controle de endemias esteve na cidade para conversar com gestores e agentes de saúde. Equipes vão passar por treinamento

Em busca de diminuir a proliferação de escorpiões na cidade, a prefeitura de Barretos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com o SAAE, promoveu um encontro na última terça-feira, 10, com a presença do médico sanitarista Nilson Vieira de Melo, que há décadas atua no controle de endemias na região de Ribeirão Preto.

Reuniram-se com o especialista, o secretário municipal de Saúde, Mussa Calil Neto; a superintendente interina do SAAE e secretária municipal de Governo e Gestão Estratégica, Graça Lemos; a coordenadora do Grupo de Vigilância Epidemiológica – Regional de Barretos, da Secretaria de Estado de Saúde, Carla Penha; e os responsáveis pelas equipes de controle de vetores e vigilância epidemiológica do município.

A prefeita Paula Lemos recebeu o médico sanitarista em seu gabinete e expressou anseio para o avanço desse trabalho em conjunto.

“Sabemos que a presença de escorpiões é um problema que atinge há anos as cidades de nossa região e, com muita transparência, estamos disponibilizando os nossos dados para que o senhor traga essa experiência também de ações já desenvolvidas em outros municípios. A partir disso, queremos construir estratégias para otimizar os esforços de nossas equipes, sendo certeiros na luta contra os escorpiões”, afirmou a prefeita.

A superintendente do SAAE, Graça Lemos, lembrou que a cidade já contou com o apoio do especialista para enfrentar uma epidemia de dengue nos anos 2000, quando ela também integrava a gestão municipal.

“Naquela época, já fizemos uma parceria com a Saúde e depois com a Educação, para ampliar a conscientização. A Paula, em sua gestão, sempre busca promover esse trabalho articulado entre as secretarias. Por isso, contra os escorpiões, estamos reunindo Saúde, SAAE e Educação”, ressaltou Graça Lemos.

Ela agradeceu a presença do especialista para ajudar o município a enfrentar esse problema. “Sem a ciência, a tecnologia, a sabedoria de vocês, a gente pode achar”, mas, para agirmos da maneira certa, precisamos contar com o conhecimento”, observou Graça Lemos.

Evitar mortes

Nilson Vieira de Melo afirmou que o maior objetivo das ações sempre deve ser evitar a fatalidade. O médico destaca que o risco de morte aumenta quando o acidente com escorpião envolve criança, especialmente, de zero a sete anos. “Quanto menor a criança, maior o risco”, afirma. Ele explicou que isso se deve à proporção entre a dose de veneno e o peso do paciente: quanto mais leve, maior o risco de gravidade.

Segundo o especialista, todo acidente com criança, até além dessa idade, deve ser analisado como grave. “Com relação às pessoas idosas também: quanto maior a idade do paciente idoso, maior o risco. Há também o risco de arritmia em quem tem problema cardíaco”, mencionou o médico sanitarista.

Nesse sentido, ele ressaltou que os ambientes frequentados por crianças devem ser inspecionados com maior frequência e reforçou as medidas que podem ser adotadas por toda a população, como evitar acúmulo de entulhos e de outros materiais em que escorpiões podem viver escondidos.

Procurar a Santa Casa imediatamente

O secretário municipal de Saúde, Mussa Calil Neto, lembrou o protocolo definido em Barretos. “Independentemente da idade, todas as pessoas que forem picadas por escorpião devem procurar imediatamente a Santa Casa, sejam pacientes da rede pública (SUS) ou de convênios e particulares”, afirmou o secretário.

A Santa Casa é a única unidade do município em que há o soro antiescorpiônico, que fica disponível em pontos estratégicos do Estado. Ao darem entrada da unidade, os pacientes picados por escorpião ficam em observação. Nilson Vieira de Melo reforçou que nem todas as pessoas picadas precisam do soro. “O médico avalia os casos em que há sinais de gravidade e, então, o soro é aplicado”, explicou o médico sanitarista.

Acidentes acontecem

O especialista observou que os escorpiões já habitavam essa região desde antes de se tornar cidade e que acidentes com escorpião vão continuar acontecendo, sendo importante focar em estratégias, principalmente para evitar mortes e, como segundo objetivo, para reduzir os acidentes. “O que a gente consegue é diminuir o número de escorpiões e de acidentes, mas não tem como resolver o problema de uma vez por todas”, frisou.

Ele ressalta que quando os inseticidas são jogados nos lugares em que os escorpiões vivem escondidos, eles fogem desses locais, aumentando o risco de encontrarem um humano pelo caminho e ocorrer acidente. Nilson Vieira de Melo reforçou a necessidade de profissionais do combate a endemias realizarem catação de escorpiões para, assim, reduzir a multiplicação por procriação.

A partir desse primeiro encontro, ficou agendado um treinamento às equipes, para preparar mais profissionais para recolher os escorpiões, com pinças apropriadas, o qual deve ocorrer ainda neste mês.

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