top of page

COMIR está preocupado com racismo nas escolas


“Infelizmente, em Barretos, estamos tendo muitos casos de crianças que estão sofrendo racismo nas escolas”, afirmou Ana Paula Ferreira, presidente do COMIR (Conselho Municipal de Igualdade Racial), durante solenidade sobre a Consciência Negra, realizada na Câmara Municipal.

A presidente revelou ainda que há alguns casos de intolerância religiosa nas escolas de ensino fundamental II. Os estabelecimentos pedem a interferência do COMIR para conversar com as crianças a fim de que possam entender os seus limites.

Segundo Ana Paula Ferreira, a criança apenas reproduz o racismo e precisa ser corrigida e orientada, para que as próximas gerações tenham um novo olhar sobre a questão. Ela lembrou que racismo é crime e pode destruir a saúde mental da pessoa que é vítima. Ele adoece a vítima e o agressor, explicou.

Ana Paula Ferreira defendeu o diálogo familiar como forma para explicar as razões desta violência e agressão. A consciência racial é um combate ao racismo estrutural, salientou.

Para a presidente do COMIR, a sociedade está abraçando a causa, prestando mais atenção principalmente na questão do racismo. “Nosso movimento está fazendo diferença principalmente na vida das crianças”, afirmou.

“Quando for ofendido e agredido por causa de sua crença religiosa, o adepto da religião de matriz africana deve se posicionar e colocar publicamente a ofensa. É preciso não ter vergonha de dizer que segue religião de matriz africana e foi ofendido no seu direito”, sustentou Mãe Sílvia de Xangô.

A umbandista lembrou que o estatuto de igualdade racial trata do direito de liberdade de consciência, de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos. O racismo ou ódio fere o povo negro na sua dignidade, causando danos a sua saúde mental e integridade física, salientou.

Mãe Sílvia de Xangô citou lei de autoria de deputada Leci Brandão (PCdoB), que pune administrativamente no estado de São Paulo, empresas e pessoas que praticam discriminação religiosa. Ela observou que há muitas notícias falsas sobre práticas religiosas de matriz africana, principalmente sobre a liturgia no candomblé.

Mãe Sílvia ressaltou que os terreiros precisam manter os portões fechados, trancados, como se estivessem numa prisão. Há medo por causa de ataques e vandalismo. “Estamos adoecendo com a intolerância religiosa”, disse, lembrando que o site da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado recebe denúncias sobre a intolerância religiosa.

Mãe Sílvia de Xangô veio de Araraquara/SP e palestrou na noite de quarta-feira (9), na Câmara Municipal de Barretos, na sessão solene sobre o mês da consciência negra.

Edição da Semana
Edição da Semana
chamada_pdf.jpg
Procurar por Tags
Nenhum tag.
Siga o Jornal A Cidade
  • Facebook Basic Black
  • Twitter Basic Black
  • Google+ Basic Black

    Gostou da leitura? Então compartilhe

© 2023 por "Pelo Mundo". Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page